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12 de julho de 2013

O guardador de rebanhos - XXXVIII

Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz de meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia o olham como eu.

E nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E como um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda não o adorava.
Porque isso é natural - mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte da moral...

Alberto Caeiro

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